Se existe um carro que merece o título de melhor ator coadjuvante na premiação do Oscar, é a Kombi que aparece no filme “Pequena Miss Sunshine”. O modelo é praticamente o sétimo membro da família da menina Olive (Abgail Breslin), que sonha com o título de Miss Sunshine. É dentro dele que precisam conviver em harmonia seis pessoas tão diferentes, que atravessam de Albuquerque (Novo México) a Redondo Beach (Califórnia) para o concurso.
Não é a primeira vez que a Kombi (aqui chamada de Volkswagen bus T2) aparece no cinema – o modelo já esteve em pelo menos 80 produções. “Miss Sunshine” concorreu a quatro estatuetas: melhor filme, melhor ator coadjuvante (Alan Arkin), melhor atriz coadjuvante (Abigail Breslin) e melhor roteiro original (Michael Arndt ). E levou pra casa 2 estatuetas : melhor ator coadjuvante (Alan Arkin); e melhor roteiro original (Michael Arndt ).
Toda forma de arte transcende a experiência humana, eleva seus espectadores a um estado superior de consciência, como a glória da Capela Sistina ou o olhar da Mona Lisa, para citarmos apenas dois exemplos. E já que citamos duas obras-primas, o que dizer sobre a espantosa Kombi que ilustra esta matéria, à venda na Califórnia, que desperta os mais curiosos comentários por onde passa, com reações de amor e ódio. E mesmo que os detratores insistam em alvejar a nobre criação com adjetivos insolentes, não podemos negar que trata-se de uma pequena obra de arte, apesar da aparência estranha.
A parte superior da Kombi foi rebitada sobre um tanque M29 Weasel 1945, um veículo militar concebido para percorrer trechos de neve, lama e pequenos obstáculos, como valas e barreiras. A fusão entre os dois veículos parece apressada, mal concebida, mas absolutamente brilhante pela inovação.
Há ferrugem, há fios não blindados, há nítidas marcas de rebite em toda parte. E a coisa toda ainda recebeu uma pintura (?) camuflada. Por dentro, a curiosidade maior é um extintor de incêndio literalmente jogado na frente do painel, se realmente funciona é questionável. A direção, se é que podemos assim chamar, é feita através de duas hastes, comprovando que toda a mecânica do veículo militar foi mantida.
O Weasel M29 foi construído pela Studebaker para o serviço na Segunda Guerra Mundial, com um motor 6 cilindros de 70 cv. Ele carrega 35 litros de combustível e atinge velocidade máxima de 60 km/h e ainda flutua na água. O valor dessa "simbiose" mecânica não foi divulgado, mas será que dá para colocar preço na arte?
The Dub Box parece muito com o VW original em que se baseia, com Perspex janelas e um armário de frente para garrafas, gás e outros itens menores. Quatro steadies de canto são empregadas, juntamente com o equipamento convencional correndo e chassi galvanizado.
A versão padrão é um modelo de teto fixo, o que obviamente ajuda a manter o preço baixo. Uma versão telhado elevando está disponível para aqueles que estão dispostos a pagar o custo extra, mas muitas pessoas disseram que seria muito feliz em usá-lo como ele é. A Caixa Dub não pretende ser uma caravana no sentido convencional , mas fornece as infra-estruturas essenciais que são totalmente em consonância com o espírito do tradicional VW autocaravana. Isso significa que dois casais podem agora partir em um único veículo, com o armazenamento seguro para pranchas de surf e muito espaço para a bagagem extra que você já teve de deixar para trás.
Os esportes interior uma sala de estar frente com wrap-around assento, que permite Matt e da família para comer suas refeições comer no conforto. À noite, a pequena sala de jantar faz em uma cama de largura dupla. Apenas uma lâmpada do teto está equipada para uso noturno, embora pontos de canto podem ser adicionados. Há um pequeno armário e armazenamento adicional está disponível sob os assentos e em um armário e uma cômoda lado, que tem um built-in rádio / CD player. As instalações da cozinha são acessíveis através da porta traseira.
O preço da caixa de Dub reflete o artesanato que vai para construí-la, mas você pode comprar apenas o chassi e a carroceria nua, se você gostaria de enfrentar o trabalho sozinho. A fábrica terminou versões que podem condizer com o seu veículo e você também pode escolher o seu próprio esquema de cores interior.
Um verdadeiro encanto para os apaixonados por Kombis e carros antigos.
Esta é a VW Bus Speaker, uma caixinha de som para iPod em forma de Kombi que possui porta USB utilizável em PC, rádio AM/FM com rodas que se movimentam, faróis e ainda relógio digital localizado no vidro traseiro.
Além do barulho que faz, com esse charmoso design, também pode ser usada como decoração, não acha ?
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Ao se pensar em Karmann Ghia, a imagem que vem à mente é a dos elegantes cupês montados sobre mecânica Volkswagen. Porém, o grupo Karmann sempre foi eclético, fazendo ferramentais para fábricas de carros e autopeças. E a "Kombi-casa" era mais uma de suas criações. Espaçosa para seu pouco comprimento e mantendo a robustez herdada do Fusca, a história da Kombi no mundo sempre envolveu seu uso como dormitório de campistas.
A Karmann brasileira, que já construía trailers, resolveu enveredar na outra face do campismo motorizado: a de motor homes. E esse cargo foi confiado à Kombi, uma vez que já havia o projeto no exterior. O furgão fechado era o "pão de fôrma" escolhido para a tarefa, já que possuía comunicação da cabine com a traseira.
Porém, dele pouco sobraria, pois das portas dianteiras para trás, exceto o assoalho, tudo era cortado fora, inclusive a parede atrás dos bancos dianteiros. Para contornar essa falta de rigidez, a casa nas costas era também um sobrechassi, feito de aço e amarrado à estrutura que sobrava, formando um conjunto único.
Já em 1977 estreava o primeiro motor home nacional derivado da Kombi. Era a Touring, basicamente uma traseira acrescentada à frente do utilitário, cujo teto ganhava um bagageiro. Para pernoite, apenas a mesa reversível da traseira, cujo tampo abaixava e os encostos preenchiam o resto do "colchão de casal". Ainda assim, era homologado para até três passageiros. Havia um banheiro com vaso sanitário químico, pia e chuveiro, mais uma minúscula cozinha com fogão de duas bocas com forno e uma geladeira, ambos ou apenas um alimentado por um bujão externo de 2 quilos.
O reinado da Touring seria curto, pois dois anos depois a Karmann apresentava outra Kombi com a casa nas costas: a Safari, que logo seria a única produzida devido ao melhor custo-benefício, pois em versão básica podia abrigar quatro pessoas divididas em dois casais. Havia a possibilidade de no veículo pernoitarem mais duas pessoas, caso se montasse um beliche opcional de lona sobre a cama traseira. A água potável podia vir do tanque que também servia ao banheiro.
Não era incomum que houvesse alterações como o uso dos cantos do banheiro para instalar mais armários e mesmo um rack para TV. Já a energia ficava a cargo de duas baterias, uma dedicada à parte automóvel e outra para as luzes internas e eletrodomésticos.
Com velocidade máxima de 80 km/h, não é veículo que tolere abusos, uma vez que é sensível a ventos laterais. Ainda assim, alguns tentavam melhorar a estabilidade, adaptando aros de talas mais largas às rodas traseiras praticamente escondidas.
Hoje as 450 Safari fabricadas continuam na mira dos viajantes, podendo atingir preços superiores a 30 000 reais se em bom estado. Mas, ao contrário dos colecionadores que encostam seus carros, essa Kombi continua seguindo seu propósito original, como a unidade que ilustra esta matéria, feita em 1987 e com pouco mais de 65 000 quilômetros rodados, pertencente ao vendedor de trailers Sérgio Abreu.
Ficha
técnica:
Motor:
traseiro, longitudinal, 4 cilindros contrapostos, 1 584 cm3, refrigerado a ar,
2 válvulas por cilindro, alimentação por 2 carburadores de corpo único
Suspensão:
Dianteira: independente com barras de torção transversais em feixe,
amortecedores e barra estabilizadora. Traseira: independente, braços
arrastados, barras de torção e amortecedores
Freios:
disco na frente e tambor atrás
Direção: setor
e rosca sem-fim
Rodas: aço,
aro 14; pneus 185/80 R 14
Carroceria:
motor home, 3 portas, 4 a 6 passageiros